Cartão de Crédito – Mostre pra ele quem manda

6 coisas que você precisa aprender sobre o cartão de crédito para domá-lo e nunca mais ficar refém das dívidas

O cartão de crédito é ótima ferramenta quando bem utilizada para aquisição e pagamento de bens e serviços.

Por meio dele você pode:

• Controlar melhor suas despesas, concentrando os gastos realizados durante o mês em uma só conta;
• Parcelar uma compra sem juros ou conseguir até 40 dias de prazo para pagar;
• Participar de programas de fidelização e ganhar descontos em programas culturais e pontos em programas de prêmios, por exemplo;
• Reduzir o risco de ter que andar com dinheiro e se sujeitar a assaltos.

Por estas e outras razões estima-se que oito entre 10 brasileiros possuem cartão de crédito ativo.

Por outro lado, o endividamento com cartão de crédito é um dos principais perigos do orçamento doméstico, pois de acordo com o SPC Brasil, dos consumidores com contas atrasadas, 38% possuem alguma fatura não paga no cartão de crédito

Aí é que entra um personagem nesta história: o crédito rotativo.

Para quem não sabe, o crédito rotativo do cartão é utilizado pela pessoa que não quer ou não pode pagar o valor total da sua fatura no vencimento, mas pretende pagar o saldo em breve.

Para isto, escolhe um valor compreendido entre o mínimo obrigatório e total da fatura e efetua o pagamento. O restante será automaticamente financiado e lançado na fatura do mês seguinte.

Parece simples, não é verdade?

O problema é que este procedimento tem um custo muito alto para o titular do cartão.

Isto porque o valor que foi adiado para a fatura seguinte é acrescido dos seguintes encargos:  juro rotativo, multa por atraso, juros de mora e imposto sobre operações financeiras (IOF).

E segundo o Banco Central, estes encargos do cartão de crédito rotativo atingiram expressivos 345,8% ao ano, tornando-se o mais alto em todas as modalidades de crédito existentes. Nunca haviam sido registrados índices tão altos deste a sua criação, em 2011.

Portanto, rolar a dívida no cartão é o pior erro que alguém pode cometer se quer ter uma vida equilibrada financeiramente. O grande perigo é que se a dívida não for paga em dia, pode dobrar em seis meses e quase quadriplicar em apenas um ano.

Mas será que o cartão é apenas um vilão ou pode ser também um aliado do orçamento doméstico?

O problema não está no cartão e sim na forma que ele é utilizado pelo consumidor. Algumas pessoas, ao invés de controlar o seu cartão de crédito, são totalmente dominadas por ele.

Por esta razão, os especialistas elegem as seis coisas a respeito do cartão de crédito que você precisa aprender para domá-lo e nunca mais ficar refém das dívidas. Confira:

1 – Cartão de crédito é um bom instrumento de controle. O extrato detalhado do cartão pode ser usado como um instrumento de controle para avaliar para onde o dinheiro vai. Lembre-se de que não são gastos “com” cartão, mas gastos “no” cartão, que é apenas um meio de pagamento, como dinheiro ou cheque.

2 – Cartão de Crédito tem limite. Tenha um limite inferior a 50% da sua receita líquida para não gastar mais do que que pode. Lembre-se: renda líquida não é o valor de seu salário ou rendimento, e sim o montante que você recebe já descontados todos os encargos.

3 -Um Cartão de Crédito basta. Restrinja o número de cartões, respeitando o limite da renda. Ter muitos cartões pode fazer com que a pessoa se descontrole no orçamento, além do gasto adicional com anuidades.

4 – Cartão de Crédito não foi feito para saques ou pagamento de contas. Ao pagar contas utilizando o cartão de crédito, é cobrada uma tarifa por cada operação. Para quem usa a função crédito ao sacar dinheiro nos caixas, o banco cobra os juros do crédito rotativo, além de tarifa. São serviços caros e por isto devem ser evitados.

5 – Cartão de Crédito não precisa passear com você. Cartão é um meio utilizado para realizar uma compra, não um item indispensável em sua carteira. Uma excelente forma de economizar é primeiro pesquisar o que vai comprar e só depois que você decidir pela compra é que o cartão sai da gaveta e entra em ação. Para as despesas miúdas do dia a dia, prefira dinheiro, para que você sinta cada centavo que sai do seu bolso e pense melhor.

6 – Cartão de crédito não deve ser usado para rolar dívida. O cartão de crédito não é uma renda extra. Pagar apenas o rotativo pode tornar a dívida impagável. Se tiver dificuldades para quitar a fatura, é melhor tomar dinheiro emprestado no crédito pessoal, pagar o cartão à vista e parcelar esse novo empréstimo, que tem juros mais baixos.